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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

IFRS: Mais do que uma obrigação, uma oportunidade

A adoção do International Financial Reporting Standard (IFRS) tem gerado benefícios para as empresas brasileiras, notadamente no que diz respeito ao aumento do patrimônio líquido. Por conta do novo padrão contábil, as 20 maiores corporações nacionais - excluindo-se as instituições financeiras - registraram um crescimento patrimonial médio de 10% em 2010.

Houve, é bem verdade, alguns efeitos negativos, como as reclassificãções de ações resgatáveis e de adiantamentos para futuro aumento de capital do patrimônio para o passivo não circulante.

No entanto, os ajustes positivos tiveram um peso maior sobre o patrimônio líquido, como as combinações de negócios ocorridas em 2009 e a adoção do custo atribuído para o ativo imobilizado. O IFRS também trouxe consequência benéficas em relação à baixa de deságios e à capitalização de juros de empréstimos.

A rigor, a avaliação final dos efeitos do IFRS no país somente estará completa quando também os bancos e seguradoras publicarem suas demonstrações financeiras no novo padrão contábil. Entretanto, com base nas companhias que já se adequaram às novas normas, podem-se mapear alguns dos impactos decorrentes das mudanças, bem como as dificuldades encontradas e as medidas adotadas para contorná-las.

Um exemplo é a combinação de negócios em 2009 e 2010. Com o novo padrão contábil, a isenção não pode mais ser aplicada. Na maioria dos casos, o valor pago pelo negócio adquirido precisou ser justificado.
A ação tomada pela empresas foi a contratação de especialistas para a elaboração de laudos de alocação de preço pago.

Outro ajuste necessário foi a adoção do custo atribuído e a revisão de vida útil dos ativos. As grandes dificuldades foram o levantametno da informação no tempo requerido, o impacto nos resultados em razão do mis dos efeitos de acréscimo do custo depreciável e a redução da conta de depreciação pelo alongamento da ddívida útil considerada. Algumas empresas optaram por contratar especialistas externos para a elaboração de laudos de valor justo dos ativos imobilizados e revisão da vida útil e outras fizeram os estudos internamente, sem um predomínio visível de uma ou outra opção.

Alguns segmentos enfrentaram maior dificuldade no processo de migração para o IFRS. As concessionárias de serviços público, por exemplo, experimentaram contratempos na análise e reclassificação do ativo imobilizado para o intangível e no reconhecimento de receita de construção.

As empresas brasileiras ainda passam por um período de transoção e aprendizagem, fundamental para a adequação às novas normas contábeis. Ainda que alguns setores tenham se deparado com maiores dificuldades, os benefícios deverão superar os eventuais contratempos. Mais do que uma obrigação contábil, o IFRS representa uma grande oportunidade. Com um conjunto de demonstrações financeiras mais completo, as empresas poderão ser melhor avaliadas, aumentar sua transparência e reduzir o custo de captação.

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