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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O ERP é uma ferramenta tecnológica de gestão empresarial, utilizada por empresas do mundo todo

ERP - Enterprise Resources Planning

O ERP é uma ferramenta tecnológica de gestão empresarial, utilizada por empresas do mundo todo. No princípio surgiram aplicativos com finalidades direcionadas para funções específicas nas empresas, operando como "ilhas departamentais". Os destaques ficavam na área administrativa, entre os quais Contabilidade, Controle Patrimonial, Estoque, Contas a Paga/Receber e Folha de Pagamento. Na parte industrial somente grandes corporações utilizam sistemas MRP (Material Requirement Planning), para planejamento das necessidades de materiais.

A década de 80 deu início ao uso de computadores em rede, alavancando aplicações mais robustas e dando início a um grau maior de integração entre os aplicativos. O MRP evolui para MRP II (Manufacturing Resource Planning), planejamento dos recursos de manufatura.

História

A interface destes sistemas era meramente caractere, ou seja, apenas textos de uma fonte única, algumas vezes até coloridos, mas nada melhor do que isto. A popularização dos sistemas para empresas menores iniciou com o sistema operacional MS-DOS, que rodava nos PCs (computadores pessoais). As informações  não tinham grande integridade, uma vez que banco de dados robustos não eram ainda realidade para pequenas corporações. A maioria desses aplicativos no Brasil utilizava o repositório de dados DBASE, popularizado pela linguagem de programação Clipper.

Na década de 90 a interface evoluiu juntamente com a disseminação do Windows, com recursos gráficos poderosos e a introdução do mouse, retirando o reinando absoluto do teclado, até então. Embora movimentar o cursor na tela com o mouse exigisse ter que abandonar temporariamente o teclado, mesmo assim os usuários se renderam aos encantos do "ratinho".

Nessa década começa a difusão do ERP (Enterprise Resourse Planning) ou SIGE (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, no Brasil). Esta nova solução exige integração total e por isto elimina a fase anterior de "ilhas departamentais". Os ganhos de uma integração forte são visíveis: eliminação da redundância de informações e de atividades, eliminação de retrabalhos e erros de digitação, maior segurança e redução de fraudes, informações mais rápidas, precisas e com maior qualidade, apoio rápido a tomada de decisões e, por conseguinte uma resposta mais rápida ao mercado. Na prática esta integração forte não deixa que um erro seja colocado "embaixo do tapete", pois quando ocorre é propagando no sistema, e costuma-se dizer que no ERP o erro "grita".

Muitas empresas haviam desenvolvido suas próprias soluções de ERP, no entanto a grande maioria foi forçada a substituí-las em decorrência do "bug do milênio", na virada do século.

No ERP, como a informação passou a ser integrada, a qualidade de preenchimento também passou a ter uma exigência muito maior, e desta forma requerendo maior esforço por parte dos usuários, uma vez que sua informação alimenta os preciosos dados com o objetivo de realizar cruzamento de informações entre as relações clientes-fornecedores dos contribuintes. Essas exigências iniciaram como IN68, depois IN86, Sintegra e atualmente estão sendo reorganizadas no SPED (Sistema Público de Escrituração Digital).

Inplementação

Com todas estas exigências, implementar um ERP, treinar seus usuários, parametrizar as regras de negócios e de atendimento fiscal passou a ser um grande desafio, complexo e de muito envolvimento. Os fabricantes de ERP precisaram perceber que a vida do usuário não estava mais nada tranquila. Para tornar a vida di usuário mais fácil foi necessário se adaptarem a essas exigências, mas sendo criativos nas interfaces do sistema. O sistema não pode mais ser apenas passivo, precisou evoluir para ser um parceiro do usuário, precisa tratar do serviço pesado, das complexidades fiscais inerentes.
Felizmente agora o sistema operacional já havia evoluído, a interface gráfica já disseminada.

A complexidade tributária cria uma série de complicações ao usuário, por isso os sistemas nativos levam vantagem sobre os sistemas importados, pois já possuem mecanismos intrínsecas para facilitar estas operações. É muito ruim ao usuário precisar entrar em telas separadas para complementar dados fiscais, tais como retenções de tributos, por ex. Além disto, só os sistemas nacionais refletem plenamente no fluxo de caixa as nuances das exigências fiscais.

Interface simples e amigável

O ERP também evoluiu para simplificar a interface do usuário, trabalhando mais com gráficos e imagens, afinal valem por 1000 palavra. Muitos sistemas passaram a representar dados com apoio de geoprocessamento, isto por si só é uma grande revolução, tanto do ponto de vista de prospecção de clientes, avaliações de atuação no mercado, quando para logística de entrega de produtos e serviços.

Agora outras novidades estão surgindo, tais como o avanço da computação móvel e telas touch-screem, basta ver o sucesso do iPhone da Apple. Parece que até o mouse está com os dias contados, pois as telas de toque já são realidade e seu tratamento já está incorporado nas novas versões do Windows e de outros sistemas operacionais.

Ao longo do tempo o ERP teve desdobramento em outras siglas não menos importantes, tais como: CRM (soluções de relacionamento de clientes),  BI (Business Intelligence), SOA (Arquitetura Orientada a Serviços ), BPM (Business Process Management).

Recentemente está sendo muito comentada a computação "nas nuvens" (cloud computing), que basicamente consiste em oferecer todo serviço de software remotamente, sendo que os dados estarão armazenados em servidores externos à corporação. Este modelo determinou o SaaS (Software as a Service), ou seja, o software oferecido como serviço, pronto para usar, Há uma grande promessa neste modelo, pois no caso do ERP teremos uma considerável redução da complexidade de instalação e preparação de ambiente, incluindo parametrizações básicas conforme a área de atuação da corporação e de acordo com sua situação geográfica, e, por conseguinte suas obrigações fiscais e acessórias.
Este modelo aliado ao treinamento à distância (EAD), podem proporcionar uma nova experiência aos usuários, permitindo uma implementação de ERP muito mais rápida e tranquila, com redução substancial de custos para quem adquire.

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